Não é segredo para ninguém a importância de se manter um pátio industrial ou unidade fabril em dia com suas revisões e manutenções necessárias. O que muita gente não sabe é que quando tais serviços não são operados da melhor maneira, não somente o funcionamento do maquinário fica comprometido, mas o lucro e a própria sustentabilidade do negócio.
De fato, um dos principais objetivos da manutenção de tipo industrial é manter todos os ativos da indústria ou de uma construção em boas condições de funcionamento.
Além do mais, o ideal é sempre otimizar os gastos e fazê-lo com o menor custo possível.
A cultura da manutenção preventiva
A verdade é que a capacidade e a qualidade de produção de uma organização dependem da disponibilidade, assertividade e até confiabilidade de cada um dos equipamentos que compõem a unidade de produção.
Existem várias categorias de manutenção essenciais. Todas essas modalidades têm uma razão de ser e devem, portanto, ser consideradas igualmente importantes para estabelecer um plano de manutenção valioso.
Quando se fala em “plano”, é porque estabelecer e implantar padrões de manutenção pode ser algo demorado e extremamente técnico.
Por isso, o indicado é que um profissional da área faça a devida gestão do assunto. É o que em inglês se chama SMPs (Standard Maintenance Procedures), em português: Procedimentos de Manutenção Padrão. Infelizmente, o Brasil não é conhecido por ser um dos países mais prevenidos nesses termos.
Embora haja vários tipos de manutenção, a preventiva é a mais indicada e as demais são uma evolução técnica dela. O problema é que existe também a chamada manutenção corretiva e, muitas vezes, ela é mal compreendida.
O fato é que a “correção” ou reforma de uma máquina/ferramenta/construção é o último recurso a ser levado em conta. O ideal seria que a manutenção preventiva fosse bem praticada. Assim não seria preciso chegar à medida emergencial do reparo.
Os vários tipos de manutenção
Além da preventiva e corretiva, todo mundo sempre ouve falar em manutenção predeterminada, manutenção de condições, manutenção predial, entre outras.
Várias culturas corporativas e conceitos vão sendo criados, na maioria das vezes por países de primeiro mundo e depois são exportadas para países em desenvolvimento como o nosso.
Independentemente dos nomes, trata-se da manutenção de equipamentos, ferramentas, dispositivos, materiais e edificações como um todo. Dito de outro modo, o que se busca manter em funcionamento são:
- A construção de um edifício;
- As instalações elétricas;
- As instalações hidráulicas;
- As áreas externas e de acesso;
- A parte de geração de energia;
- A prevenção de incêndios;
- A limpeza de áreas comuns;
- Maquinários, equipamentos, etc.
Daí já é possível ver como a área da manutenção se relaciona com a de serviços. Especialmente com a dos que atualmente são chamados de facilities, ou gestão de facilidades. Esta é uma disciplina bem próxima do conceito de SMPs, justamente porque coordena a relação entre a infraestrutura e as pessoas de uma determinada corporação.
A interação homem-máquina
Um conceito interessante e bastante avançado na área é o de Manutenção de IHM. A sigla IHM significa Interação Homem-Máquina. Duas palavras são essenciais aqui: proatividade e invasibilidade. Esta última é abordada em um sentido positivo.
Atualmente, uma estratégia proativa de manutenção inclui justamente a capacidade de prever os defeitos e problemas possíveis e, por meio de uma postura de antecipação, evitá-los na medida do possível.
Por “invasivo” os especialistas remetem à ideia de cada vez mais aparelhar um maquinário ou construção e, com o uso de sensores embutidos, ser capaz de acompanhar passo a passo o contexto de funcionamento da unidade em questão.
A interação homem-máquina remete, justamente, a essa capacidade de integração entre a vistoria e controle dos homens sobre a atuação das máquinas.
Aqui, o conceito de manutenção abrange também a pessoa física: celulares, computadores e até veículos já contam com mecanismos “invasivos” que os monitoram contra possíveis defeitos.
O que é um servo drive?
Um exemplo bastante prático e ilustrativo do universo industrial é o da manutenção de servo drive. O servo drive nada mais é que um amplificador eletrônico. O que ele faz, em termos técnicos, é alimentar servomecanismos elétricos. Daí sua função central dentro de um sistema ou circuito.
O servo drive ainda conta com um servoconversor, que tem como objetivo monitorar o sinal do servomecanismo e ajustar continuamente o desvio do qualquer tipo de desempenho ou comportamento inesperado.
Ou seja, a manutenção servo drive nada mais faz que manter em dia um dispositivo que tem a função de, ele mesmo, vistoriar o funcionamento de um sistema elétrico de instalação.
Por isso, se trata de um exemplo bastante ilustrativo da importância das vistorias e da manutenção ativa no universo industrial. Bem como na relação contemporânea que todos nós, em maior ou menor medida, travamos com as máquinas.