No ano de 2017, o setor industrial brasileiro teve o seu melhor desempenho desde 2010. Após 3 anos de queda, o segmento fechou o período com um crescimento de 2,5%, puxado pelo crescimento da demanda por automóveis.
Com esse salto na produção, não apenas ganha-se em empregos e retorno financeiro, como, também, capacidade para investir. Isso, na atualidade, é fundamental: em cenários de crise o mercado fica ainda mais acirrado, e quem não contar com os diferenciais competitivos certos tende a não se sustentar por muito tempo.
A maneira que boa parte dos empreendedores do segmento escolhe para melhorar a eficiência e cortar custos em seu parque industrial é o investimento em novas máquinas. Por mais que isso seja importante, também é possível fazer a diferença com menos, investindo em pequenas soluções com grande impacto sobre a linha de produção. Confira algumas delas a seguir:
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Arduíno
A automação industrial é uma tendência que não deve sair de cena tão cedo. Ela consiste em delegar certas tarefas às máquinas, reduzindo a intervenção humana no processo produtivo e permitindo que a equipe foque nas atividades para as quais ela realmente é indispensável.
Atualmente, a chamada indústria 4.0 dá os primeiros passos no Brasil. Trata-se de uma modalidade ainda mais avançada de automação, que usa recursos como:
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Internet das coisas;
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Big data;
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Inteligência artificial
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Machine learning.
Entretanto, ao contrário do que muitos pensam, ela não depende apenas de altíssima tecnologia para funcionar: alguns itens informáticos muito básicos também podem ser empregados na automação, como o arduino.
Normalmente, esta placa, que pode ser conectada a diversos computadores e a partir deles configurada, é usada para comandar uma das partes mais importantes das linhas de produção automatizadas: o Controle Lógico Programável. Trata-se de outro computador, este capaz de controlar e realizar uma série de processos na linha industrial. Entre eles, estão:
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Contagem aritmética;
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Temporização;
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Lógica;
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Monitoramento de módulos de entrada.
Contudo, para que este módulo funcione corretamente, ele também precisa ser configurado. Isto, por sua vez, é feito por meio de uma linguagem de programação específica, chamada Ladder.
O que nem todos sabem é que arduino comprar e usá-lo para fazer tais ajustes é possível. As linguagens usadas nessa plataforma são compatíveis com a Ladder, permitindo o intercâmbio de informações entre elas.
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Autotransformador
Muitos dos equipamentos fundamentais para o funcionamento das indústrias depende da eletricidade como fonte de alimentação. E isso não acontece apenas na linha de produção propriamente dita: esse também é o caso em itens usados na gestão, como os computadores.
O problema é que, em todo o mundo, há locais cuja corrente circula com diferentes tensões: 110V ou 220V. No caso do Brasil, pode haver uma variação entre elas dentro do mesmo estado, ou mesmo dentro de um só município. Consequentemente, pode ser que uma fábrica adquira uma máquina que funciona com uma voltagem, mas a cidade onde ela opera tem outra.
Felizmente, este problema é relativamente fácil e contornar: basta investir em um autotransformador. Como o seu próprio nome diz, a função deste aparato é transformar a corrente, fazendo com que ela passe de 110V para 220V ou vice-versa.
Vale ressaltar que essa correção não é um mero capricho. Caso a tensão seja insuficiente, o aparelho não terá energia para funcionar. Se ela for excessiva, haverá sobrecarga, o que pode causar sérios defeitos. Se, por qualquer motivo, a indústria não queira (ou não possa) investir em um auto transformador, ela deve adquirir apenas equipamentos bivolt, que funcionam normalmente em ambas as tensões.
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Termopar
A automação industrial requer um rígido acompanhamento de uma série de variáveis dentro da linha de produção. Entre elas estão pressão, volume, intensidade de corrente elétrica e muito mais. Consequentemente, é preciso investir em aparatos que façam essa leitura e a transmitam ao comando que controla a cadeira produtiva. Em outras palavras, os sensores são indispensáveis.
A importância destes itens é tamanha que há diversos modelos disponíveis no mercado, apropriados para diferentes finalidades e ambientes. O termopar tipo k, por sua vez, é um dos mais usados. Fabricado em cromel e alumel, ele pode detectar temperaturas que começam em -200ºC e vão até 1370ºC. Este amplo intervalo, junto com seu custo baixo, é o que faz com que ele seja tão popular.
Vale ressaltar que também é possível comprar outros tipos de termopar. Estes são feitos em outros materiais e, consequentemente, trabalham em um nível de temperatura diferente.