A essência da indústria tem sido, desde o início, a transformação de matérias primas, o que dependeu de operações de corte, inicialmente com facas.
Posteriormente evoluindo para serras, pirógrafos, e, em nome da repetibilidade, para estampas, clichês e toda sorte de dispositivos múltiplos, o que apenas reforça a noção de que facas continuam presentes no dia a dia industrial.
O que é EVA?
Trata-se de uma borracha sintética, cuja sigla, traduzida, significa Acetato Vinílico de Etileno. A composição do produto de fato inclui uma série de reagentes com funções especificadas, entre os quais:
- Pigmentos
- Cargas
- Ativadores
- Resinas
- Expansores
Uma vez composta a receita, os componentes são misturados homogeneamente, recebem um formato (quando são definidas as medidas e a espessura), e as peças (geralmente placas) seguem para prensagem, onde ocorre também a vulcanização.
Embora indicado para substituição do couro em diversas aplicações, o EVA tem um comportamento similar ao dos tecidos. Assim, a resistência a cortes é muito inferior ao do couro.
De fato, a personalização de utensílios e enfeites é obtida pelo uso de Facas para cortar eva. São ferramentas que assumem o formato do utensílio a ser produzido, portanto dificilmente podem vir a ter aplicações diferentes.
Viabilizam produtividade, e lotes que podem atingir centenas de unidades, embora uma faca para cortar EVA está sujeita a desgaste.
Facas serrilhadas
Serras são ferramentas bastante conhecidas, mas seu funcionamento é pouco claro. Os dentes de uma serra têm, cada um, duas bordas, uma inclinada, outra perpendicular ao movimento de corte.
Diferentes de facas, a espessura de uma serra não é reduzida.
Ao se apoiar a linha de dentes sobre a superfície a ser cortada, as pontas dos dentes, estas sim, aguçadas, aplicam tensões muito elevadas na mesma, e o esforço longitudinal exercido pelo operador promove a remoção de material, formando uma canaleta.
A repetição do movimento aprofunda a canaleta, até à separação das partes.
Já uma faca serrilhada junta recursos de serra e de faca, e o resultado são cortes bastante definidos, promovendo deformações mínimas nas partes segregadas, o que é bastante interessante para processar alimentos (ver a lista abaixo) e materiais macios, como papelão, borracha, etc..
- Pães
- Bolos
- Peixes
- Carnes
- Legumes
- Frutas
Isto assegura aspecto profissional em compotas, tortas, kishes, sushis, etc..
Amolação “LASER”
O raio LASER nasceu na década de 1960, e durante algum tempo não passou de curiosidade acadêmica. Com o passar do tempo, o Laser encontrou aplicações em:
- Metalurgia
- Comunicação de dados
- Áudio, vídeo e informática
- Medicina, e
- Como mira de armas e instrumentos de medição remota.
Em metalurgia, é usada em corte de chapas, em soldagem, e em gravação, mas não em amolação de cortes de facas e tesouras.
Quando a Faca a laser foi lançada, com um gume superior à da média das similares, a referência ao LASER foi somente publicitária, em alusão a “espadas LASER” que faziam sucesso no cinema, e cortavam “qualquer coisa”.
A referida faca, à semelhança de muitos talheres modernos, é fabricada em aço inoxidável, embora essas ligas possam variar conforme a marca. O corte dito laser é obtido com o uso de esmeris especiais, diamantados.
O aço inoxidável foi descoberto durante uma pesquisa por ligas de aço resistentes a desgaste.
Era a demanda de um fabricante de armas, de Sheffield, Inglaterra, que estava com problemas de esfarelamento do aço no interior de seus produtos ao fim de um ciclo de disparos.
A pesquisa foi conduzida por Harry Brearley, que havia preparado uma série de amostras de ligas ferrosas. Uma parte dessas amostras, contendo uma proporção variando entre 10,5 e 12,0% de Cromo, mostrou-se resistente a ataques químicos, de ácidos e corrosivos.
Patenteadas no início do século XX, as ligas de aço inoxidável se multiplicaram em composição, e aplicabilidade em revestimento de frigoríficos, em instrumentação cirúrgica, em talheres, em fabricação de semijóias, etc.
Aplicações em área gráfica
A área Gráfica vem evoluindo, até para continuar no mercado. Assim, se livros tem migrado para o ambiente virtual, o mesmo não tem acontecido com cadernos escolares, formulários e cartões de visitas, além de Etiquetas.
É na área gráfica que são aplicados os equipamentos de corte de maior porte, as guilhotinas, que cortam espessuras notáveis. É possível se imaginar o desempenho desses equipamentos, por exemplo, em casas de moedas ou gráficas de jornais.